8 de novembro de 2013

Relato.

 Chegamos na Estação Tiradentes (8:39) e devido a chuva forte entramos na Igreja Nossa Senhora Auxiliadora,o padre(que esquecemos de perguntar o nome) foi muito simpático e nos falou um pouco sobre a igreja e disse que a arquitetura é inspirada nas igrejas góticas,por esta razão é tudo muito grandioso,para que todos que entrarem ali se sintam pequenos diante da grandeza do mestre maior.


                                                                            (Igreja)



                                                                            (Padre)

Além disso nos contou sobre a pobreza e miséria do bairro,e que à ainda muitos bolivianos que fazem trabalho escravo.A igreja ajuda do modo que pode os moradores de rua e aos necessitados.A parte de Paraguaios e Bolivianos juntam-se com a Igreja Nossa Senhora da Paz (rua:Vergueiro) ajudam os migrantes,participam da missa,e ajudam com a regularização de documentos (um paraguaio que atende aos latinos).
  Durante o diálogo fomos interrompidos diversas vezes por uma moradora de rua que estava bem estressada,pois queria tomar seu banho o mais rápido possível (provávelmente estávamos atrapalhando a rotina dela).

         9:15-Espaço QUM

         O lugar possui um ótimo espaço,onde á venda de livros e cd's (se necessário eles fazem encomendas de livros coreanos) um palco com instrumentos musicais (teclado,violão,bateria e caixas de som) e é decorado com puffs coloridos,havia uma parece laranja e outras em tom de gelo,e uma mesa sensacional.

 Assim que chegamos fomos servidos com café coreano (café+creme+açúcar) que é bem gostos,lembra um capuccino.
         O Sr. Park (sobrenome comum na Coréia) nos contou um pouco sobre a sua cultura.



 Ele cresceu aqui no Brasil,e teve seus filhos aqui também;disse que os coreanos são muito religiosos e onde quer que estejam procuram sempre por uma igreja.
         Afirmou que é difícil aprender o português,mas que a nova geração (como seus filhos),terão mais facilidade em comunicar-se com os brasileiros.Disse que crê que o segredo da riqueza é abrir a loja cedo e fechá-la mais tarde que o normal.
         Uma época muito diffícil foi em 1953,na qual os brasileiros ajudaram no abastecimento de comida.A classe média-baixa dos coreanos normalmente moram no Bom Retiro,já os mais ricos vivem no bairro de Higienópolis e Perdizes.
       Há 150 famílias coreanas missionárias,que vieram para trabalhar com a bíblia,ou seja,pregam a palavra.A religião que predomina entre elesé o budismo.Foi em 1884 que começarar a chegar os evangélicos,apenas 20% são evangélicos,e o restante(grande maioria) budistas.
        QUM significa levante,levantar.
  A inauguração ocorreu em Abril de 2004.A proposta é oferecer um espaço legal para os jovens se reunirem e fazerem conferências,seminários ou simplesmente tomar um café.E é isso que o Sr. Park quer,que o lugar vire um ponto de encontro (o café tem o custo de R$1,00 e o expresso R$3,00,e vem importado da Coréia).
         Além disso,mostrar para os jovens coreanos que à outras profissões além da confecção,pois 70% dos coreanos trabalham neste ramo.Para despertar o interesse desses jovens,o Espaço QUM ofereceu palestras onde os temas eram profissões como : turismo,medicina,hotelaria,entre outros.Foram realizados cerce de 30 encontros durante um ano.Uma professora da usp dava aula de como fazer uma boa redação ,e depois eram feitos concursos de redação ,onde o incentivo eram prêmios como iPad.
         Como Park migrou desde pequeno,sofria muito na escola ,pois não sabia fazer suas lições,não tinha quem o ajudasse e sempre tirava nota zero,ele resolveu oferecer um curso para os jovens migrantes no Espaço QUM para que esses jovens não sofra como ele.
         O foco do Espaço QUM é a música,pois toda semana toca algo diferente como bossa nova ou músicas coreanas .Alugam o espaço para festas e encontros particulares. É aberto para jovens e adultos e foge do foco receber os brasileiros.Mas,junto com a prefeitura à o planejamento de abrir um espaço bem parecido,para receber os brasileiros.
         É preciso de 14 mil para sustentar o lugar,recebem doações da igreja e das pessoas que tem carinho pelo espaço.Antes de irmos embora,conhecemos a biblioteca,o escritório e a sala de dança. Agradecemos a ótima recepção e fomos embora.
       Passando pelo bom Retiro vimos várias lojas,a grande maioria vendia roupas femininas com um preço acessível.
      Conhecemos a Casa Búlgara (rua:Silva Pinto,356) É um lugar bem aconchegante e decorado com quadros que apresentam a casa Búlgara eleita pela revista Veja Comer e Beber como destaque. Comemos Burekas que são rosquinhas folhadas( a massa lembra croissant).

       Assim que saimos da Casa Búlgara fomos no Parque da Luz,'entrevistar' algumas pessoas.


Encontramos um grupo de senhores,um deles nos disse que sente dor de cabeça nos dias que não vai ao parque,o outro senhor mora em Taboão da Serra e vai ao parque sempre que pode e costuma ficar cerca de duas horas.
   O Sr. Joaquim disse que conhece bem o bairro pois trabalhou 40 anos de motorista,e que é comum ver muitas crianças no parque durante a semana,aos Domingos vê mais Bolivianos e senhoras que de às vezes apresentam um teatrinho.